Oláá meus amores. Há quanto tempo (de novo), heim! Vamos logo ao post hehe.
Eu amo muito a maioria dos contos de fadas, e nesse post vou colocar a história original de cada uma, algumas são meio bizarras, mas vocês aguentam haha.
Eu amo muito a maioria dos contos de fadas, e nesse post vou colocar a história original de cada uma, algumas são meio bizarras, mas vocês aguentam haha.
- Barba Azul
Era vez um homem que possuía casas magníficas, tanto na cidade quanto no campo. Suas baixelas eram de ouro e prata, as cadeiras, estofadas com tapeçarias, as carruagens, recobertas de ouro. Mas, por desgraça, esse homem tinha também a barba azul. A barba o tornava tão feio e terrível que mulheres e moças fugiam quando batiam os olhos nele.
Uma dama nobre que vivia nas suas vizinhanças tinha duas filhas que eram realmente beldades. O homem pediu a senhora a mão de uma das suas filhas e deixou ela mesma escolhesse qual das duas lhe daria. Nenhuma das moças quis aceitar a proposta, e ficaram empurrando o pedido de uma para outra, sem conseguirem se convencer de casar com um homem com a barba azul. O que aumentava mais ainda aquela aversão é que o homem já se casara com várias mulheres e ninguém sabia o que fora feito delas.
Para criar amizade, Barba Azul levou as moças e a mãe, mais três ou quatro das amigas mais íntimas delas e alguns rapazes da vizinhança, para uma de suas casas no campo. Lá passaram oito dias inteiros. Foi uma sucessão de passeios, caçadas e pescarias, danças, banquetes e ceias. Á noite, estavam sempre tão ocupados em pregar peças uns aos outros que nunca dormiam. Enfim, tudo ocorreu tão bem que a irmã caçula começou a pensar que a barba daquele homem não era assim tão azul, e que ele era de fato um perfeito cavalheiro. Assim que voltaram para a cidade, realizou-se o casamento.
Passado um mês, Barba Azul disse á mulher que tinha de partir em viagem para cuidar de um negócio importante na província. Ficaria fora pelo menos seis semanas. Insistiu que ela se divertisse na sua ausência. Poderia, se quisesse, convidar suas melhores amigas e levá-las para a casa de campo. Que as recebesse sempre muito bem.
Deu á mulher uma argola com chaves penduradas e disse: "Essas são as chaves dos dois depósitos, aqui estão as das baixelas de ouro e prata que não são de uso diário, estas são as dos meus cofres-fortes, onde guardo minhas pedrarias, e aqui está a chave mestra de todos os aposentos da casa. Quando a esta pequenina aqui, é a chave do gabinete na ponta da longa galeria do térreo. Abra tudo o que quiser. Vá aonde bem entender. Mas proíbo-lhe terminantemente de entrar nesse quartinho, e se abrir um fresta que seja dessa porta nada a protegerá da minha ira."
A esposa prometeu cumprir exatamente as ordens do marido. Barba Azul lhe deu um beijo de despedida, entrou na carruagem e iniciou sua viagem.
As vizinhas e as amigas da jovem recém-casada não esperaram convite para ir visitá-la, tal a impaciência delas em ver os esplendores da casa. Não haviam ousado ir lá enquanto o marido estava em casa, assustadas por sua barba azul. Sem perder tempo, começaram a explorar quartos, gabinetes, guarda-roupas, cada um mais belo e suntuoso que o outro. Depois subiram para ver os depósitos, e ficaram pasmas diante do número e da beleza da tapeçarias, camas sofás, cristaleiras, mesas de vários formatos. Havia espelhos em que a pessoa podia se ver da cabeça aos pés. Alguns espelhos tinham moldura de vidros, outros de prata ou de vermeil, mas todos eram os mais belos e os mais magníficos que já se tinha visto.
As convidadas não paravam de exagerar e invejar a felicidade da amiga. Esta, no entanto não estava se divertindo nada em ver todo aquele luxo, pois estava ansiosíssima para abrir o gabinete do térreo. Estava tão atormentada por sua curiosidade que, sem lembrar que era grosseiro abandonar suas amigas, desceu por uma escadinha secreta, e tão depressa que duas ou três vezes iria cair. Ao chegar á porta do gabinete, parou por um momento, pensando na proibição do marido e considerando que lhe podia ocorrer uma desgraça caso desobedecesse. Mas a tentação era grande demais. Não pôde resistir á ela e, tremendo, pegou a chavezinha e abriu a porta. De início não conseguiu ver coisa alguma porque as janelas estavam trancadas. Após alguns instantes, começou a perceber que o assoalho estava todo coberto de sangue coagulado, e que naquele sangue se refletiam cadáveres de várias mulheres mortas e penduradas ao longo das paredes (eram todas as mulheres que Barba Azul desposara e degolara, uma depois da outra.). Pensou que ia morrer de pavor e, ao puxar a chave da fechadura, ela caiu da mão. Notando que a chave tinha sido manchada de sangue, esfregou duas ou três vezes mas o sangue não saiu. Quando o Barba Azul retornou, ele percebeu imediatamente o que sua esposa tinha feito. Cego de raiva, ele ameaçou-a, mas ela conseguiu escapar e trancar-se junto da irmã, na torre mais alta da casa. Quando o Barba Azul, armado com uma espada, tentava derrubar a porta, chegaram dois irmãos das mulheres. Os irmãos mataram o nobre enlouquecido e salvaram suas parentes.
A mulher do Barba Azul ficou com a fortuna do marido morto: com parte do dinheiro, ela ajudou sua irmã a casar com seu amado; outra parte ela deu aos seus irmãos. Ela guardou o dinheiro restante, até se casar com um cavalheiro que lhe fez esquecer do suplício que passara.
- A Princesa e a Ervilha
Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa — mas tinha de ser uma princesa verdadeira. Por isso, foi viajar pelo mundo fora para encontrar uma, mas havia sempre qualquer coisa que não estava certa. Viu muitas princesas, mas nunca tinha a certeza de serem genuínas havia sempre qualquer coisa, isto ou aquilo, que não parecia estar como devia ser. Por fim, regressou a casa, muito abatido, porque queria uma princesa verdadeira.
Uma noite houve uma terrível tempestade; os trovões ribombavam, os raios rasgavam o céu e a chuva caía em torrentes — era apavorante. No meio disso tudo, alguém bateu à porta e o velho rei foi abrir.
— Bem, já vamos ver isso — pensou a velha rainha. Não disse uma palavra, mas foi ao quarto de hóspedes, desmanchou a cama toda e pôs uma pequena ervilha no colchão. Depois empilhou mais vinte colchões e vinte cobertores por cima. A princesa iria dormir nessa cama.Deparou com uma princesa. Mas, meu Deus!, o estado em que ela estava! A água escorria-lhe pelos cabelos e pela roupa e saía pelas biqueiras e pela parte de trás dos sapatos. No entanto, ela afirmou que era uma princesa de verdade.
De manhã, perguntaram-lhe se tinha dormido bem.
— Oh, pessimamente! Não preguei olho em toda a noite! Só Deus sabe o que havia na cama, mas senti uma coisa dura que me encheu de nódoas negras. Foi horrível.
Então ficaram com a certeza de terem encontrado uma princesa verdadeira, pois ela tinha sentido a ervilha através de vinte edredões e vinte colchões. Só uma princesa verdadeira podia ser tão sensível.
Então o príncipe casou com ela; não precisava de procurar mais. A ervilha foi para o museu; podem ir lá vê-la, se é que ninguém a tirou.
Aqui têm uma bela história!
- Bela e a Fera
O conto "A Bela e a Fera" relata a história da filha mais nova de um rico mercador, que tinha três filhas, porém, enquanto as filhas mais velhas gostavam de ostentar luxo, de festas e lindos vestidos, a mais nova, que todos chamavam Bela, era humilde, gentil, e generosa, gostava de leitura e tratava bem as pessoas.
Um dia, o mercador perdeu toda a sua fortuna, com exceção de uma pequena casa distante da cidade. Bela aceitou a situação com dignidade, mas as duas filhas mais velhas não se conformavam em perder a fortuna e os admiradores, e descontavam suas frustrações sobre Bela, que humildemente não reclamava e ajudava seu pai como podia.
Um dia, o mercador recebeu notícias de bons negócios na cidade, e resolveu partir. As duas filhas mais velhas, esperançosas em enriquecer novamente, encomendaram-lhe vestidos e futilidades, mas Bela, preocupada com o pai, pediu apenas que ele lhe trouxesse uma rosa.
Quando o mercador voltava para casa, foi surpreendido por uma tempestade, e se abrigou em um castelo que avistou no caminho. O castelo era mágico, e o mercador pôde se alimentar e dormir confortavelmente, pois tudo o que precisava lhe era servido como por encanto.
Ao partir, pela manhã, avistou um jardim de rosas e, lembrando do pedido de Bela, colheu uma delas para levar consigo. Foi surpreendido, porém, pelo dono, uma Fera pavorosa, que lhe impôs uma condição para viver: deveria trazer uma de suas filhas para se oferecer em seu lugar.
Ao chegar em casa, Bela, mediante a situação resolveu se oferecer para a Fera, imaginando que ela a devoraria. Ao invés de a devorar, a Fera foi se mostrando aos poucos como um ser sensível e amável, fazendo todas as suas vontades e tratando-a como uma princesa. Apesar de achá-lo feio e pouco inteligente, Bela se apegou ao monstro que, sensibilizado a pedia constantemente em casamento, pedido que Bela gentilmente recusava.
Um dia, Bela pediu que Fera a deixasse visitar sua família, pedido que a Fera, muito a contragosto, concedeu, com a promessa de Bela retornar em uma semana. O monstro combinou com Bela que, para voltar, bastaria colocar seu anel sobre a mesa, e magicamente retornaria.
Bela visitou alegremente sua família, mas as irmãs, ao vê-la feliz, rica e bem vestida, sentiram inveja, e a envolveram para que sua visita fosse se prolongando, na intenção de Fera ficar aborrecida com sua irmã e devorá-la. Bela foi prorrogando sua volta até ter um sonho em que via Fera morrendo. Arrependida, colocou o anel sobre a mesa e voltou imediatamente, mas encontrou Fera morrendo no jardim, pois ela não se alimentara mais, temendo que Bela não retornasse.
Bela compreendeu que amava a Fera, que não podia mais viver sem ela, e confessou ao monstro sua resolução de aceitar o pedido de casamento. Mal pronunciou essas palavras, a Fera se transformou num lindo príncipe, pois seu amor colocara fim ao encanto que o condenará a viver sob a forma de uma fera até que uma donzela aceitasse se casar com ele. O príncipe casou com Bela e foram felizes para sempre.
- Cinderela ou O Sapatinho de Vidro
Cinderela é um conto bastante antigo, com versão grega antes de Cristo e registros na China nos anos 800. Acredita-se que é a história com mais versões. Em muitas delas, Cinderela foge de seu pai, que quer casar-se com a própria filha pois esta lhe lembra sua falecida esposa.
Assim como A Bela Adormecida, as duas versões mais conhecidas da história foram de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm. A versão que conhecemos e que a Disney usou tem mais a ver com a de Perrault, que possui uma fada madrinha que transforma uma abóbora em carruagem. Abaixo a versão dos irmãos Grimm.
Pai, mãe e filha eram uma família feliz até que a mãe ficou muito doente. Ela chamou a filha e disse-lhe para plantar uma árvore em seu túmulo, e sempre que precisasse de algo, fosse lá chacoalhar a árvore. Ela plantou e regou com suas lágrimas. Algum tempo depois o pai se casou com outra mulher, que já tinha duas filhas más que apelidaram a menina de Cinderela. A madrasta logo botou a menina para trabalhar como empregada.
Um dia, o rei anunciou 3 bailes e Cinderela foi obrigada a ajudar as irmãs a se arrumar para o primeiro baile. Ela não tinha vestido e tinha que separar lentilhas antes que as irmãs voltassem. Depois que elas saíram para o baile, dois pássaros bateram na janela e se ofereceram pra ajudar Cinderela com as lentilhas.
No dia seguinte as irmãs contaram do baile para Cinderela (que tinha visto tudo da janela). E na mesma noite, teve outro baile. Dessa vez Cinderela não pôde ir porque teve que separar sementes. Os pássaros novamente a ajudaram.
Quando eles acabaram, os pássaros disseram pra ela ir ao túmulo da mãe, ela sacudiu a árvore e ganhou um esplêndido vestido prata com acessórios. Mas ela tinha que voltar antes da meia-noite. Ela voltou pra casa e encontrou uma carruagem com serventes e cavalos para levá-la ao baile. Assim que dançou com ela o príncipe percebeu que ela seria sua esposa. Antes da meia-noite ela voltou para casa.
No dia seguinte as irmãs más contaram sobre a misteriosa princesa que dançou com o príncipe. E na mesma noite haveria o 3º baile. Cinderela teve que ficar separando ervilhas e novamente os pássaros a ajudaram e ela chacoalhou a árvore de sua mãe. Dessa vez, Cinderela ganhou um vestido dourado com pedras preciosas e sapatilhas feitas de ouro. O príncipe já a esperava na escadaria e dessa vez fez muitas perguntas à seu respeito. Cinderela quase perdeu o horário e teve que sair correndo, perdeu um dos sapatinhos e ainda perdeu a carona, ficando no meio da rua com suas roupas velhas. O príncipe não a viu, mas encontrou seu sapatinho de ouro e proclamou que se casaria com a pessoa cujo pé coubesse nele.
Chegou a vez das irmãs experimentarem. A madrasta as chamou e disse que se o sapatinho não coubesse, elas deveriam usar uma faca e cortar um pedaço de seus pés. A irmã mais velha experimentou e não serviu, então cortou seu calcanhar e o sapatinho serviu. O príncipe já estava levando ela para o castelo quando os pássaros amigos de Cinderela cantaram dizendo que tinha sangue no sapato. O príncipe viu e levou a impostora para casa. Então a segunda irmã experimentou os sapatos e precisou cortar os dedinhos para servir. Novamente o príncipe estava levando ela pro castelo e os pássaros deduraram o sangue. O príncipe voltou para a casa e perguntou se havia outra garota. A madrasta não queria, mas ele a fez chamar Cinderela. O sapatinho serviu e ele reconheceu sua noiva. Eles vão se casar e quando as irmãs vão para assistir, os pássaros bicam seus olhos e elas ficam cegas.
- O Pequeno Polegar
Era uma vez um casal de lenhadores muito, muito pobres, com sete filhos pequenos. Um deles, o caçula, era magro e fraco, mas esperto e inteligente; era conhecido como Polegar, por ser muito pequeno ao nascer.
Naquele ano difícil, faltava tudo, praticamente não havia o que comer.
Os dois lenhadores, desesperados com tanta miséria e tantas bocas para alimentar, encontraram uma triste solução: iriam se livrar dos sete filhos esfomeados.
Enquanto os filhos dormiam, pai e mãe planejaram como agiriam para abandonar as crianças.
— Vamos levar as crianças para a floresta — disse o lenhador. — Lá, enquanto juntam lenha, nós as abandonaremos e fugiremos sem que percebam.
Quando o pai pronunciou a última palavra, seus olhos e os de sua esposa estavam cheios de lágrimas.
— Coitadinhos dos meus filhos — disse a mãe, soluçando. — Ficarão sozinhos, sentindo frio, fome e medo das feras do mato…
— Prefere, então, que morram de fome aqui mesmo conosco, sob nossas vistas? — perguntou o pai, também chorando.
Não havia solução. As crianças morreriam, em casa ou na floresta. Então, era melhor que fosse longe, para os pais sofrerem menos. Combinaram o que fariam no dia seguinte e foram dormir.
Pela manhã, o casal chamou os filhos e foram todos para a floresta. Enquanto as crianças estavam ocupadas em apanhar bastante lenha, os pais foram se afastando, afastando, até ficarem bem longe.
Naquele ano difícil, faltava tudo, praticamente não havia o que comer.
Os dois lenhadores, desesperados com tanta miséria e tantas bocas para alimentar, encontraram uma triste solução: iriam se livrar dos sete filhos esfomeados.
Enquanto os filhos dormiam, pai e mãe planejaram como agiriam para abandonar as crianças.
— Vamos levar as crianças para a floresta — disse o lenhador. — Lá, enquanto juntam lenha, nós as abandonaremos e fugiremos sem que percebam.
Quando o pai pronunciou a última palavra, seus olhos e os de sua esposa estavam cheios de lágrimas.
— Coitadinhos dos meus filhos — disse a mãe, soluçando. — Ficarão sozinhos, sentindo frio, fome e medo das feras do mato…
— Prefere, então, que morram de fome aqui mesmo conosco, sob nossas vistas? — perguntou o pai, também chorando.
Não havia solução. As crianças morreriam, em casa ou na floresta. Então, era melhor que fosse longe, para os pais sofrerem menos. Combinaram o que fariam no dia seguinte e foram dormir.
Pela manhã, o casal chamou os filhos e foram todos para a floresta. Enquanto as crianças estavam ocupadas em apanhar bastante lenha, os pais foram se afastando, afastando, até ficarem bem longe.
Quando os sete irmãos perceberam que estavam sozinhos, os seis maiores começaram a chorar. Mas Polegar não desanimou. Encorajou os irmãos propondo que, juntos, procurassem o caminho de casa.
Começaram a caminhar pela floresta mas, infelizmente, quanto mais caminhavam, parecia que estavam mais perdidos e não sabiam que rumo seguir. Chegou a noite, começou a chover e a fazer muito frio; ao longe, os lobos uivavam. Os seis pequenos estavam desesperados, amedrontados e desanimados.
Mas Polegar, sempre muito ativo, subiu em uma grande árvore e, lá do alto, viu uma luz brilhar ao longe. Imaginou que seria a luz de uma casa.
Sem hesitar, o garoto desceu da árvore e, guiando os irmãos, começou a andar na direção daquela luzinha distante.
Andaram e andaram, até chegar a uma casa imensa e assustadora.
Pequeno Polegar bateu à porta e uma mulher veio abrir.
— Quem são vocês, crianças, e o que querem?
— Estamos perdidos na mata. Tenha pena de nós, minha senhora. Estamos com fome e precisamos de um lugar para dormir. Poderia nos abrigar?
— Coitados! Vocês estão sem sorte. Esta é a casa de meu marido, o Gigante, verdadeiro devorador de criancinhas.
Polegar logo respondeu, sem demonstrar medo:
— Se ficarmos na mata, com certeza seremos devorados pelos lobos. Então, já que estamos aqui, preferimos ser devorados pelo Gigante. Aliás, quem sabe ele não se comoverá e nos deixará viver? Já com os lobos, não haverá conversa alguma.
A mulher do Gigante tinha coração mole e se deixou convencer: permitiu que os sete irmãos entrassem. Mal tinham acabado de entrar, ouviram fortes golpes na porta: era o Gigante que regressava!
A mulher escondeu as crianças embaixo do armário e correu para abrir a porta.
O Gigante entrou. Era um ser enorme, de aspecto horrível. Logo que passou pela porta, começou a farejar de um lado e de outro, desconfiado, cheirando com prazer e apetite:
— Cozida ou ensopada. Aqui tem cheiro de deliciosa criançada!
Começaram a caminhar pela floresta mas, infelizmente, quanto mais caminhavam, parecia que estavam mais perdidos e não sabiam que rumo seguir. Chegou a noite, começou a chover e a fazer muito frio; ao longe, os lobos uivavam. Os seis pequenos estavam desesperados, amedrontados e desanimados.
Mas Polegar, sempre muito ativo, subiu em uma grande árvore e, lá do alto, viu uma luz brilhar ao longe. Imaginou que seria a luz de uma casa.
Sem hesitar, o garoto desceu da árvore e, guiando os irmãos, começou a andar na direção daquela luzinha distante.
Andaram e andaram, até chegar a uma casa imensa e assustadora.
Pequeno Polegar bateu à porta e uma mulher veio abrir.
— Quem são vocês, crianças, e o que querem?
— Estamos perdidos na mata. Tenha pena de nós, minha senhora. Estamos com fome e precisamos de um lugar para dormir. Poderia nos abrigar?
— Coitados! Vocês estão sem sorte. Esta é a casa de meu marido, o Gigante, verdadeiro devorador de criancinhas.
Polegar logo respondeu, sem demonstrar medo:
— Se ficarmos na mata, com certeza seremos devorados pelos lobos. Então, já que estamos aqui, preferimos ser devorados pelo Gigante. Aliás, quem sabe ele não se comoverá e nos deixará viver? Já com os lobos, não haverá conversa alguma.
A mulher do Gigante tinha coração mole e se deixou convencer: permitiu que os sete irmãos entrassem. Mal tinham acabado de entrar, ouviram fortes golpes na porta: era o Gigante que regressava!
A mulher escondeu as crianças embaixo do armário e correu para abrir a porta.
O Gigante entrou. Era um ser enorme, de aspecto horrível. Logo que passou pela porta, começou a farejar de um lado e de outro, desconfiado, cheirando com prazer e apetite:
— Cozida ou ensopada. Aqui tem cheiro de deliciosa criançada!
Dizia isso e lambia os beiços.
— Imagine, nada disso! É o cheiro da janta — disse a esposa, tremendo de pavor.
Mas o Gigante não se deixava enganar, pois conhecia bem demais o cheiro da carne humana.
— Assadinhas ou fritinhas. Aqui tem o cheiro de criancinhas!
E lambia os beiços.
Guiando-se pelo faro, foi em direção ao armário e, com as enormes mãos, arrancou de lá os sete irmãos, um por um, mais mortos do que vivos pelo medo.
— Muito bem! Aqui tem uma ótima refeição para amanhã.
E começou a afiar o facão.
Já tinha agarrado o pescoço do irmão mais velho quando a mulher falou:
— Por que você quer matá-los nesta noite? A janta já está pronta!
— Tem razão, minha velha — resmungou o Gigante.
É melhor economizar, portanto deixá-los-ei para amanhã, é melhor que descansem um pouco.
A mulher do Gigante suspirou aliviada. Levou as crianças para dormir no quarto em que estavam suas sete filhas, sete meninas muito feias e cruéis, como o pai.
Assim, dormiriam em uma larga cama as sete garotinhas. E em uma cama igual, ao lado, os sete irmãozinhos. Polegar reparou que as filhas do Gigante usavam suas coroas de ouro mesmo enquanto dormiam.
Receando que o malvado mudasse de idéia e decidisse matá-los naquela mesma noite, o pequeno pegou seu gorrinho e os de seus irmãos e os colocou com cuidado na cabeça das garotas adormecidas, após tirar as coroazinhas de ouro, que colocou na sua cabeça e na dos queridos irmãos. Estava feita a troca.
A certa altura o Gigante acordou, arrependido por ter adiado a matança. Agarrou o facão e foi ao quarto das filhas, no escuro.
Tateando, aproximou-se da cama em que dormiam os sete irmãos. Polegar sentiu a enorme mão do Gigante tocar em seus cabelos e na coroazinha e, em seguida, o horroroso exclamou:
— Meu Deus! O que estava para fazer? Por pouco quase degolei minhas próprias filhotas!
Aproximou-se da outra cama, estendeu a mão, sentiu os gorrinhos de lã rústica e riu.
— Imagine, nada disso! É o cheiro da janta — disse a esposa, tremendo de pavor.
Mas o Gigante não se deixava enganar, pois conhecia bem demais o cheiro da carne humana.
— Assadinhas ou fritinhas. Aqui tem o cheiro de criancinhas!
E lambia os beiços.
Guiando-se pelo faro, foi em direção ao armário e, com as enormes mãos, arrancou de lá os sete irmãos, um por um, mais mortos do que vivos pelo medo.
— Muito bem! Aqui tem uma ótima refeição para amanhã.
E começou a afiar o facão.
Já tinha agarrado o pescoço do irmão mais velho quando a mulher falou:
— Por que você quer matá-los nesta noite? A janta já está pronta!
— Tem razão, minha velha — resmungou o Gigante.
É melhor economizar, portanto deixá-los-ei para amanhã, é melhor que descansem um pouco.
A mulher do Gigante suspirou aliviada. Levou as crianças para dormir no quarto em que estavam suas sete filhas, sete meninas muito feias e cruéis, como o pai.
Assim, dormiriam em uma larga cama as sete garotinhas. E em uma cama igual, ao lado, os sete irmãozinhos. Polegar reparou que as filhas do Gigante usavam suas coroas de ouro mesmo enquanto dormiam.
Receando que o malvado mudasse de idéia e decidisse matá-los naquela mesma noite, o pequeno pegou seu gorrinho e os de seus irmãos e os colocou com cuidado na cabeça das garotas adormecidas, após tirar as coroazinhas de ouro, que colocou na sua cabeça e na dos queridos irmãos. Estava feita a troca.
A certa altura o Gigante acordou, arrependido por ter adiado a matança. Agarrou o facão e foi ao quarto das filhas, no escuro.
Tateando, aproximou-se da cama em que dormiam os sete irmãos. Polegar sentiu a enorme mão do Gigante tocar em seus cabelos e na coroazinha e, em seguida, o horroroso exclamou:
— Meu Deus! O que estava para fazer? Por pouco quase degolei minhas próprias filhotas!
Aproximou-se da outra cama, estendeu a mão, sentiu os gorrinhos de lã rústica e riu.
E, sem dó, cortou de uma vez só as sete gargantas. Depois voltou para a cama, para continuando o sono interrompido. Bastaram alguns minutos, e já estava roncando forte.
Com muito cuidado, o pequeno Polegar acordou os irmãos e contou-lhes o que acontecera. Falou da troca dos gorros com as coroas para enganar o Gigante, e concluiu:
— Devemos fugir imediatamente, antes que seja tarde!
Silenciosamente, os coitadinhos saíram daquela casa e foram para a floresta. Andaram a noite toda, sem saber bem para onde ir. Caminhavam rapidamente, para escapar da fúria do terrível Gigante.
Na manhã seguinte o Gigante acordou e, antes de mais nada, foi pegar suas vítimas para cozinhá-las.
Imaginem só como ficou, ao perceber que havia degolado suas amadas filhinhas e que os sete guris tinham desaparecido!
Cego de raiva, calçou suas botas mágicas, que a cada passo alcançavam sete léguas, e partiu para a perseguição. Dali a pouco já estava bem próximo dos fugitivos.
Pequeno Polegar, sempre alerta, viu que ele estava chegando e, sem perder a calma, mandou os irmãos se esconderem em uma caverna ali pertinho.Com muito cuidado, o pequeno Polegar acordou os irmãos e contou-lhes o que acontecera. Falou da troca dos gorros com as coroas para enganar o Gigante, e concluiu:
— Devemos fugir imediatamente, antes que seja tarde!
Silenciosamente, os coitadinhos saíram daquela casa e foram para a floresta. Andaram a noite toda, sem saber bem para onde ir. Caminhavam rapidamente, para escapar da fúria do terrível Gigante.
Na manhã seguinte o Gigante acordou e, antes de mais nada, foi pegar suas vítimas para cozinhá-las.
Imaginem só como ficou, ao perceber que havia degolado suas amadas filhinhas e que os sete guris tinham desaparecido!
Cego de raiva, calçou suas botas mágicas, que a cada passo alcançavam sete léguas, e partiu para a perseguição. Dali a pouco já estava bem próximo dos fugitivos.
E lá vinha o Gigante, cada vez mais perto dos indefesos meninos.
Andara muito, e já começava a se cansar. Precisou, então, parar e resolveu dar uma cochiladinha. E sabem onde? Bem na frente da caverna em que estavam escondidos os irmãos.
Polegar pensou rápido e, aproveitando o sono do inimigo, mandou os outros seis fugirem. Depois, aproximou-se do Gigante e, com muito cuidado para não acordar o guloso, descalçou-lhe as botas mágicas.
Eram imensos, aqueles calçados do Gigante, mas por serem mágicos logo se ajustaram aos pés pequenininhos do novo dono.
— Agora sim! — disse decidido.— Andarei pelo mundo até encontrar um modo de melhorar nossas vidas.
Partiu, calçado com as botas que, a cada passo, percorriam sete léguas. Andou muito, muito mesmo, mais que o próprio Gigante. Após algumas horas, chegou a um reino distante, que estava em guerra.
Logo soube que o rei dali recompensaria com uma fortuna a pessoa que lhe trouxesse qualquer informação sobre as tropas e as batalhas. Esperto como era, Polegar foi para a região do combate, auxiliado pelas botas velozes.
Quando retornou, levou excelentes informações para o rei que, muito satisfeito, pagou-lhe o combinado. E ainda lhe deu mais algumas centenas de moedas.
No dia seguinte, Pequeno Polegar, calçou de novo as botas mágicas e, em um piscar de olhos, alcançou a cabana dos pais, onde foi acolhido com enorme alegria por todos, inclusive pelos seus irmãos, que tinham conseguido voltar.
Assim, graças ao pequeno e inteligente Polegar, todos viveram felizes desde aquele dia, com muita fartura.
- Rapunzel
Era uma vez um casal que há muito tempo desejava inutilmente ter um filho. Os anos se passavam, e seu sonho não se realizava. Afinal, um belo dia, a mulher percebeu que Deus ouvira suas preces. Ela ia ter uma criança!
Por uma janelinha que havia na parte dos fundos da casa deles, era possível ver, no quintal vizinho, um magnífico jardim cheio das mais lindas flores e das mais viçosas hortaliças. Mas em torno de tudo se erguia um muro altíssimo, que ninguém se atrevia a escalar. Afinal, era a propriedade de uma feiticeira muito temida e poderosa.
Um dia, espiando pela janelinha, a mulher se admirou ao ver um canteiro cheio dos mais belos pés de rabanete que jamais imaginara. As folhas eram tão verdes e fresquinhas que abriram seu apetite. E ela sentiu um enorme desejo de provar os rabanetes.
A cada dia seu desejo aumentava mais. Mas ela sabia que não havia jeito de conseguir o que queria e por isso foi ficando triste, abatida e com um aspecto doentio, até que um dia o marido se assustou e perguntou:
- O que está acontecendo contigo, querida?
- Ah! - respondeu ela. - Se não comer um rabanete do jardim da feiticeira, vou morrer logo, logo!
O marido, que a amava muito, pensou: "Não posso deixar minha mulher morrer… Tenho que conseguir esses rabanetes, custe o que custar!"
Ao anoitecer, ele encostou uma escada no muro, pulou para o quintal vizinho, arrancou apressadamente um punhado de rabanetes e levou para a mulher. Mais que depressa, ela preparou uma salada que comeu imediatamente, deliciada. Ela achou o sabor da salada tão bom, mas tão bom, que no dia seguinte seu desejo de comer rabanetes ficou ainda mais forte. Para sossegá-la, o marido prometeu-lhe que iria buscar mais um pouco.
Quando a noite chegou, pulou novamente o muro mas, mal pisou no chão do outro lado, levou um tremendo susto: de pé, diante dele, estava a feiticeira.
- Como se atreve a entrar no meu quintal como um ladrão, para roubar meus rabanetes? - perguntou ela com os olhos chispando de raiva. - Vai ver só o que te espera!
- Oh! Tenha piedade! - implorou o homem. - Só fiz isso porque fui obrigado! Minha mulher viu seus rabanetes pela nossa janela e sentiu tanta vontade de comê-los, mas tanta vontade, que na certa morrerá se eu não levar alguns!
A feiticeira se acalmou e disse:
- Se é assim como diz, deixo você levar quantos rabanetes quiser, mas com uma condição: irá me dar a criança que sua mulher vai ter. Cuidarei dela como se fosse sua própria mãe, e nada lhe faltará.
O homem estava tão apavorado, que concordou. Pouco tempo depois, o bebê nasceu. Era uma menina. A feiticeira surgiu no mesmo instante, deu à criança o nome de Rapunzel e levou-a embora.
Rapunzel cresceu e se tomou a mais linda criança sob o sol. Quando fez doze anos, a feiticeira trancou-a no alto de uma torre, no meio da floresta.
A torre não possuía nem escada, nem porta: apenas uma janelinha, no lugar mais alto. Quando a velha desejava entrar, ficava embaixo da janela e gritava:
- Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!
Rapunzel tinha magníficos cabelos compridos, finos como fios de ouro. Quando ouvia o chamado da velha, abria a janela, desenrolava as tranças e jogava-as para fora. As tranças caíam vinte metros abaixo, e por elas a feiticeira subia.
Alguns anos depois, o filho do rei estava cavalgando pela floresta e passou perto da torre. Ouviu um canto tão bonito que parou, encantado.
Rapunzel, para espantar a solidão, cantava para si mesma com sua doce voz.
Imediatamente o príncipe quis subir, procurou uma porta por toda parte, mas não encontrou. Inconformado, voltou para casa. Mas o maravilhoso canto tocara seu coração de tal maneira que ele começou a ir para a floresta todos os dias, querendo ouvi-lo outra vez.
Em uma dessas vezes, o príncipe estava descansando atrás de uma árvore e viu a feiticeira aproximar-se da torre e gritar: "Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!." E viu quando a feiticeira subiu pelas tranças.
"É essa a escada pela qual se sobe?," pensou o príncipe. "Pois eu vou tentar a sorte…."
No dia seguinte, quando escureceu, ele se aproximou da torre e, bem embaixo da janelinha, gritou:
- Rapunzel, Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!
As tranças caíram pela janela abaixo, e ele subiu.
Rapunzel ficou muito assustada ao vê-lo entrar, pois jamais tinha visto um homem.
Mas o príncipe falou-lhe com muita doçura e contou como seu coração ficara transtornado desde que a ouvira cantar, explicando que não teria sossego enquanto não a conhecesse.
Rapunzel foi se acalmando, e quando o príncipe lhe perguntou se o aceitava como marido, reparou que ele era jovem e belo, e pensou: "Ele é mil vezes preferível à velha senhora…." E, pondo a mão dela sobre a dele, respondeu:
- Sim! Eu quero ir com você! Mas não sei como descer… Sempre que vier me ver, traga uma meada de seda. Com ela vou trançar uma escada e, quando ficar pronta, eu desço, e você me leva no seu cavalo.
Combinaram que ele sempre viria ao cair da noite, porque a velha costumava vir durante o dia. Assim foi, e a feiticeira de nada desconfiava até que um dia Rapunzel, sem querer, perguntou a ela:
- Diga-me, senhora, como é que lhe custa tanto subir, enquanto o jovem filho do rei chega aqui num instantinho?
- Ah, menina ruim! - gritou a feiticeira. - Pensei que tinha isolado você do mundo, e você me engana!
Na sua fúria, agarrou Rapunzel pelo cabelos e esbofeteou-a. Depois, com a outra mão, pegou uma tesoura e tec, tec! cortou as belas tranças, largando-as no chão.
Não contente, a malvada levou a pobre menina para um deserto e abandonou-a ali, para que sofresse e passasse todo tipo de privação.
Na tarde do mesmo dia em que Rapunzel foi expulsa, a feiticeira prendeu as longas tranças num gancho da janela e ficou esperando. Quando o príncipe veio e chamou: "Rapunzel! Rapunzel! Joga abaixo tuas tranças!," ela deixou as tranças caírem para fora e ficou esperando.
Ao entrar, o pobre rapaz não encontrou sua querida Rapunzel, mas sim a terrível feiticeira. Com um olhar chamejante de ódio, ela gritou zombeteira:
- Ah, ah! Você veio buscar sua amada? Pois a linda avezinha não está mais no ninho, nem canta mais! O gato apanhou-a, levou-a, e agora vai arranhar os seus olhos! Nunca mais você verá Rapunzel! Ela está perdida para você!
Ao ouvir isso, o príncipe ficou fora de si e, em seu desespero, se atirou pela janela. O jovem não morreu, mas caiu sobre espinhos que furaram seus olhos e ele ficou cego.
Desesperado, ficou perambulando pela floresta, alimentando-se apenas de frutos e raízes, sem fazer outra coisa que se lamentar e chorar a perda da amada.
Passaram-se os anos. Um dia, por acaso, o príncipe chegou ao deserto no qual Rapunzel vivia, na maior tristeza, com seus filhos gêmeos, um menino e uma menina, que haviam nascido ali.
Ouvindo uma voz que lhe pareceu familiar, o príncipe caminhou na direção de Rapunzel. Assim que chegou perto, ela logo o reconheceu e se atirou em seus braços, a chorar.
Duas das lágrimas da moça caíram nos olhos dele e, no mesmo instante, o príncipe recuperou a visão e ficou enxergando tão bem quanto antes.
Então, levou Rapunzel e as crianças para seu reino, onde foram recebidos com grande alegria. Ali viveram felizes e contentes.
- Chapeuzinho Vermelho
Havia, numa cidadezinha, uma menina que todos achavam muito bonita. A mãe era doida por ela e a avó mais ainda. Por isso, sua avó lhe mandou fazer um pequeno capuz vermelho que ficava muito bem na menina. Por causa dele, ela ficou sendo chamada, em toda parte, de Chapeuzinho Vermelho.
Um dia em que sua mãe tinha preparado umas tortas, disse para ela:
– Vai ver como está passando tua avó, pois eu soube que ela anda doente. Leva uma torta e um pote de manteiga.
Chapeuzinho Vermelho saiu em seguida para ir visitar sua avó que morava em outra cidadezinha.
Quando atravessava o bosque, ela encontrou compadre Lobo que logo teve vontade de comer a menina. Mas não teve coragem por causa de uns lenhadores que estavam na floresta.
O Lobo perguntou aonde ela ia. A pobrezinha, que não sabia como é perigoso parar para escutar um Lobo, disse para ele:
– Eu vou ver minha avó e levar para ela uma torta e um pote de manteiga que minha mãe está mandando.
– Ela mora muito longe? – perguntou o Lobo.
– Oh! sim, – respondeu Chapeuzinho Vermelho. – É pra lá daquele moinho que você está vendo bem lá embaixo. É a primeira casa da cidadezinha.
– Pois bem, – disse o Lobo, – eu também quero ir ver sua avó. Eu vou por este caminho daqui e você vai por aquele de lá. Vamos ver quem chega primeiro.
O Lobo pôs-se a correr com toda a sua força pelo caminho mais curto. A menina foi pelo caminho mais longo, distraindo-se a comer avelãs, correndo atrás das borboletas e fazendo ramalhetes com as florzinhas que encontrava.
O Lobo não levou muito tempo para chegar à casa da avó. Bateu na porta: toc, toc.
– Quem está aí?
– É sua neta, Chapeuzinho Vermelho – disse o Lobo, mudando a voz. Eu lhe trago uma torta e um pote de manteiga que minha mãe mandou pra você.
A bondosa avó, que estava na cama porque não passava muito bem, gritou:
– Puxe a tranca que o ferrolho cairá.
O Lobo puxou a tranca e a porta se abriu. Ele avançou sobre a pobre mulher e devorou-a num instante, pois fazia mais de três dias que não comia. Em seguida, fechou a porta e foi se deitar na cama da avó. Ficou esperando Chapeuzinho Vermelho que, um pouco depois, bateu na porta: toc, toc.
– Quem está aí?
Chapeuzinho Vermelho, ao escutar a voz grossa do Lobo, teve medo, mas pensando que a voz de sua avó estava diferente por causa do resfriado, respondeu:
– É sua neta, Chapeuzinho Vermelho, que traz uma torta pra você e um pote de manteiga que minha mãe lhe mandou.
O Lobo gritou para ela, adocicando um pouco a voz:
– Puxe a tranca que o ferrolho cairá.
Chapeuzinho Vermelho puxou a tranca e a porta se abriu.
O Lobo, vendo que ela tinha entrado, escondeu-se na cama, debaixo da coberta, e falou:
– Ponha a torta e o pote de manteiga sobre a caixa de pão e venha se deitar comigo.
Chapeuzinho Vermelho tirou o vestido e foi para a cama, ficando espantada de ver como sua avó estava diferente ao natural. Disse para ela:
– Minha avó, como você tem braços grandes!
– É pra te abraçar melhor, minha filha.
– Minha avó, como você tem pernas grandes!
– É pra correr melhor, minha menina.
– Minha avó, como você tem orelhas grandes!
– É pra escutar melhor, minha menina.
– Minha avó, como você tem olhos grandes!
– É pra ver melhor, minha menina.
– Minha avó, como você tem dentes grandes!
– É pra te comer.
E dizendo estas palavras, o Lobo saltou pra cima de Chapeuzinho Vermelho e a devorou.
Barba Azul, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, Cinderela : Charles Perrault
A Princesa e a Ervilha: Hans Christian Andersen
A Bela e a Fera: Jeanne-Narie Leprice de Beaumont
Rapunzel :Jacob e Wilhelm Grimm
As histórias de Perrault, Grimm e companhia eram cheias de crianças abandonadas, assassinatos por todos os lados, membros decepados... Cinderela, A Bela Adormecida, Branca de Neve e mesmo Frozen têm uma história muito mais sinistra originalmente. A ideia, claro, era preparar as crianças para os problemas mundo afora. Mas convenhamos: esses pais de antigamente eram muito mais assustadores do que os de hoje em dia.
A Maioria dos contos aqui em cima são do livro da primeira imagem hehe. Vai ter uma nova postagem com outros que não estão ali em cima, ok?
Espero que vocês tenham gostado, Beijos!
Barba Azul, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar, Cinderela : Charles Perrault
A Princesa e a Ervilha: Hans Christian Andersen
A Bela e a Fera: Jeanne-Narie Leprice de Beaumont
Rapunzel :Jacob e Wilhelm Grimm
As histórias de Perrault, Grimm e companhia eram cheias de crianças abandonadas, assassinatos por todos os lados, membros decepados... Cinderela, A Bela Adormecida, Branca de Neve e mesmo Frozen têm uma história muito mais sinistra originalmente. A ideia, claro, era preparar as crianças para os problemas mundo afora. Mas convenhamos: esses pais de antigamente eram muito mais assustadores do que os de hoje em dia.
A Maioria dos contos aqui em cima são do livro da primeira imagem hehe. Vai ter uma nova postagem com outros que não estão ali em cima, ok?
Espero que vocês tenham gostado, Beijos!
blog simplesmente incrível, acabei de conhecer e ler - O Barba Azul e O Pequeno Polegar.
ResponderExcluirque legal seria se blogs como esse tivesse grande divulgação, espalhando cultura e contos tão incríveis. parabéns pelo blog. nota 1.0000000000
Nossa! Muito obrigadaaa ♥ Há um tempo que não faço posts desse tipo. E não tinha visto o seu comentário antes, perdão :'( Um beijo e até a próxima. ♥
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